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segunda-feira, 26 de julho de 2010

O TESTE DA FLORESTA





A RECEPÇÃO DIVINA
Certo dia, quando era estagiário na área de direito ambiental pelo Horto florestal/USP, fui ficar uns dias no destacamento de um dos núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar onde  um amigo era diretor. Este amigo é um engenheiro florestal muito talentoso no trato com a natureza.
Fiquei por lá uns 10 dias. No primeiro dia ele me chamou bem cedo para fazermos uma caminhada por trilhas até uma cachoeira. Foi uma caminhada de 3 horas para ir e 3 para voltar. Quando voltamos ele disse: - você passou no teste. Perguntei – que teste? Então ele disse que sempre fazia estas caminhadas com as pessoas que chegam e que de alguma forma tem relação com o trabalho com a natureza. A conclusão dele foi que eu havia passado no teste que consistia em ouvir a natureza a meu respeito. Ele disse que em alguns casos os bichos desaparecem quando certas pessoas passam. Em outros casos só se vê mosquitos e, ao caminhar com algumas pessoas, começam a surgir cobras e outros bichos peçonhentos no caminho. Não que estes bichos não tenham também dignidade perante o conjunto da criação. Ele lembrou que comigo, logo na entrada da trilha uma araponga havia cantado como um sino. Não só a ouvimos. Ela ficou há 3 metros de nós e não fugiu quando passamos. Depois, três canarinhos cantaram muito durante a nossa passagem. A maior surpresa foi um bando de macaquinhos Saguis comendo frutas em uma árvore. Meu amigo disse que em 10 anos naquele lugar, nunca havia aparecido saguis por lá. Por fim, um Melro da Serra fechou a caminhada com chave de ouro cantando de tal forma que até vibravam as penas do pescoço. Hoje tento entender aquilo. Acho que fomos honrados com um aceno de Deus. Será, ou não?Coisa inesquecível!

terça-feira, 13 de julho de 2010

SALVO EM ALTO MAR






SALVO EM ALTO MAR

Em fevereiro de 1982 fui acampar com a galera da Vila Palmares - Santo André, na praia de Maresias no litoral norte de São Paulo. Ainda dava para acampar por lá.
Em um dos dias caiu um temporal e as ondas ficaram muito altas. Decidi então, a contrário senso, encarar o mar, da praia do lado - Praia de Santiago - com a autoconfiança de quem achava que sabia nadar como um peixe.
A insensatez do adolescente se fez presente. Havia uma correnteza para dentro do mar que impossibilitava a resistência do nadador. Não consegui voltar e fui sendo arrastado para alto mar. O desespero começou quando meus braços e pernas começaram a se cansar ao extremo. Já era impossível visualizar a praia. Não havia esperanças de sobrevivência e eu estava bebendo água salgada o tempo todo porque com a tempestade o mar estava muito agitado.
Só depois de umas duas horas de sufoco, no fim de minhas forças, lembrei-me de pedir socorro a Deus e me acalmei aceitando a morte. Alguns instantes depois, em minha visão, uma “formiga” quase imperceptível passava ao longe na praia. Supus que era uma pessoa e, num enorme esforço ergui um dos braços e acenei uma única vez. Depois de um certo tempo, nem vi chegar, apareceu um surfista com sua prancha e me tirou de lá. Após mais de duas horas já estava, seguramente, há cerca de um KM de distância da praia. Não conseguia acreditar na existência do poder sobrenatural de Deus. Este perigo de morte e outros pelos quais passei - não vou contar todos - se deveram ao meu comportamento temerário na adrenalina. Achei que era algo como Deus agindo na minha vida, mas mesmo assim minha maturidade era quase zero. Sempre me perguntei, por que sempre fui salvo? Há alguns dias atrás, uma pessoa me disse, sem eu ter falado ou perguntado nada, que fui salvo da morte muitas vezes por causa do amor de Deus por mim. Obviamente parei com este negócio de adrenalina e fiquei fascinado com os mistérios do sobrenatural (nada de ficar na neura de ver fantasma nas coisas)! Na minha busca, o máximo a que cheguei foi: Salmo 18, 16: “ Do alto estendeu o braço e me tomou; tirou-me das muitas águas.” Fora isso nada mais sei dizer. alguém sabe?